quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Mar sonoro, mar sem fundo, mar sem fim...





Casa branca em frente ao mar enorme,
Com o teu jardim de areia e flores marinhas
E o teu silêncio intacto em quem dorme
O milagre das coisas que eram minhas.

Mar,
Metade da minha alma é feita de maresia.

Há muito que deixei aquela praia
De grandes areais e grandes vagas
Mas sou eu ainda quem na brisa respira
E é por mim que espera cintilando a maré vasa
...
Quando eu morrer voltarei para buscar
Os instantes que não vivi junto do mar


trechos de Sophya de Mello Breyner Andrensen (magnífica)

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